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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Acondicionar as cebolas


As cebolas tiveram boa produção. Praticamente todos os pés que plantei me presentearam com uma bela cebola. Não são muito grandes. Têm o tamanho ideal para serem consumidas de uma vez, sem o incómodo de sobrar uma parte e esta ter de ir ‘perfumar’ o frigorífico. Prefiro-as assim.

Cebolas, 1 mês antes de serem colhidas

Uma vez efectuada a colheita, há que a acondicionar para que dure o mais possível sem se estragar. No nosso caso, a produção obtida não é muito grande. Permite-nos consumir cerca de uma cebola diária, pelo que é suficiente para o consumo de nossa casa.
Por cá, fazemos o acondicionamento à moda antiga, fazendo um cabo, ou rasta (assim se chama por aqui), com cerca de 2 metros. Esta forma de acondicionar é interessante, porquanto mantém as cebolas arejadas, permite facilmente visualizar se por acaso alguma apodreceu, grelou, ou foi ‘tocada’ por algum agente externo, permite transportar um número avantajado de elementos de forma fácil, etc.

O procedimento para o fazer é simples, mas requer alguma astúcia.

Colhemos as cebolas sem lhes cortar a rama. Deixamos secar alguma humidade que aparentem ter, à sombra. Limpamo-las retirando a primeira camada de casca e aparamos as raízes rentes, pelo que estão prontas para encabar. De seguida, porque a rama não é suficientemente resistente para suportar o peso das cebolas, utilizamos uma tira de folha de Juta verde para servir de reforço, integrando-a na trança que vamos elaborando com a rama das cebolas. A substituição da Juta por Fiteiras, Sisal ou ráfia natural, também é possível.
Uma vez concluídas as tranças (a que chamamos cabos ou rastas), dependuramo-las numa vara horizontal elevada, em local fresco, seco e arejado.

Cabo ou rasta de cebolas

Muito importante: nunca armazenar as cebolas junto das batatas. Apodrecer-se-ão mutuamente.

domingo, 20 de outubro de 2013

É hora de plantar o cebolo


20130515_173743

A chuva não nos larga, e as culturas estão atrasadas.
Como é a primeira vez que planto o cebolo (é assim que aqui no norte se designa a planta que produzirá a cebola) nesta terra, não fiz alfobre, e decidi adquirir cerca de 350 pés, que é o suficiente para o consumo da casa. Feitas as contas, se medrarem todas, dará para consumir cerca de uma cebola por dia.

Em abono da verdade, adquiri o cebolo duas vezes. A primeira, a 19 de Março, na feira anual de S. José em Leça do Balio - Matosinhos, mas a fragilidade dos rebentos e a impossibilidade de os plantar de imediato, resultou em perda total.

Adquiri a 11 de Abril, na feira semanal de Famalicão, os 350 pés que plantei, desta vez muito mais viçosos, mas com o preço mais elevado também. Pelo substrato arenoso que cobria parte das raízes, presumo que se tratará de cebolo da zona da Póvoa de Varzim.
Plantei-os 2 dias depois, tradicionalmente à enxada. Abri os regos pouco profundos, um de cada vez, onde coloquei as plantas encostadas contra a parede do rego mais distante do rego subsequente, distanciadas entre si cerca de 25cm. Entre as plantas, coloquei um pouco de adubo orgânico NUTRI+, preocupando-me sempre que não tocasse nas plantas. Como é próprio desta espécie, cada pé produzirá apenas uma cebola. Aparentemente vingarão todos os pés.

Houve quem me recomendasse aplicar um herbicida selectivo no cebolo, logo após a plantação. Decidi não o fazer, consciente do trabalho acrescido que esta minha opção implicaria, nomeadamente incrementando o número de sachas para eliminação das ervas daninhas, mas consciente também, de que um químico é sempre um químico, e a sua aplicação trás sempre implicações pouco desprezíveis para o meio ambiente. Na foto, poderão constatar que as cebolas estão devidamente sachadas, operação que tive que realizar por três vezes.
Quanto às regas, estas estão a ser feitas dia sim, dia não, de manhã cedo.