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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Semear os “mimos”


Aqui, mais para o norte de Portugal, chamam-se “mimos” aos produtos “especiais da horta”. Aqueles que requerem mais cuidados na plantação, e que se transformarão em pequenas iguarias à nossa mesa.

Apesar de ser muito mais fácil comprar as plantas já crescidas e transplantá-las, não quis deixar passar a oportunidade de fazer eu mesmo as sementeiras, e ver nascer e crescer as pequenas plantas.
Adquiri as sementes no mercado, juntamente com algumas cuvetes próprias para sementeira.

Semente de tomate  Semente de courgette  Semente de alho-francês

O que pude semear em alfobre, fi-lo em recipientes indiferenciados. Para levar a cabo esta tarefa, utilizei um substrato comercial universal, ao qual adicionei húmus de minhocas. Com esta mistura, enchi os favos dos recipientes e depositei duas sementes em cada um, cobrindo-as levemente. De seguida reguei-as bem, mas com um pequeno borrifador, para não desenterrar as sementes. Em pouco mais de uma semana, as pequenas plantas começaram a brotar da terra e rapidamente se puseram neste estado. A courgette tem 2 semanas.

Sementeira de tomates Sementeira de alho-francês Sementeira de courgettes

Rego-as diariamente pela manhã e aguardo que cresçam o suficiente para as levar para a horta.

Semear batata

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Após a partilha da batata, chegou a hora de a lançar à terra.

Na zona onde me encontro (Entre-os-rios, Penafiel), a batata é normalmente semeada a regos, intervalados com a largura aproximada da folha da enxada. Esta prática, que acredito que terá mais a ver com o aproveitamento do espaço a cultivar, do que qualquer outra coisa, por fazer com que as plantas fiquem muito juntas, não permite o seu crescimento normal, dificilmente permite a sacha e a amontoa, e dificulta o tratamento contra eventuais enfermidades.

Depois de ler e informar-me, decidi fazer a plantação mais espaçada, e utilizar o motocultivador na abertura dos regos para a sementeira. Utilizei uma bitola de 65cm entre regos, que foram abertos dois a dois, com a alfaia regulada para sulcar a terra imediatamente atrás de cada roda.
A razão porque me decidi pelos 65cm entre regos, prendeu-se com o desejo de ter espaço para caminhar entre o batatal quando proceder à monda das ervas daninhas, facilitar o tratamento localizado e me permitir a apanha mecanizada.

Previamente, como já aqui dei conta, este terreno que durante anos não foi trabalhado, foi totalmente revolvido, e repousou cerca de 30 dias. Fresei-o agora com a ajuda do meu fiel motocultivador Staub PP2X. A terra ficou macia e destorroada. Para abrir os regos, também utilizei o motocultivador, equipado com duas alfaias abre-regos a par.

Abertos os regos, coloquei as sementes a uma distância de 40cm entre si, intervaladas com um pouco de adubo NUTRI+ pulverulento, tendo o cuidado deste não ficar em contacto com a semente. Como o terreno esteve a monte cerca de 3 décadas, e ser parco em nutrientes, reforçarei a dose de adubo mais tarde, quando as plantas tiverem cerca de 20cm e antes da primeira sacha, espalhando um pouco de Foskamonio 10+10+10 à superfície.

Porém, eu esperava que fosse mais fácil o tapamento dos regos onde foram colocadas as sementes a 40cm entre si. O que previ, foi a passagem do motocultivador entre os regos e proceder ao tapamento e criação de camalhões, mas tal mostrou-se impraticável, já que a terra se encontrava muito macia, e tornava-se impossível definir a trajectória do motocultivador de forma rectilínea, sem que se deslocasse para dentro dos regos semeados. Na próxima sementeira, intervalarei os regos cerca de 85cm. Desta forma, creio que ultrapassarei esta dificuldade.

Necessitei então, de encontrar uma situação alternativa, sem recorrer à enxada. E a solução por que optei, foi o tapamento dos regos por arrasamento com o auxílio de um ancinho.
Esta solução trouxe-me um trabalho adicional, que foi o recobrimento parcial das batateiras após a emergência, mas resultou.

Espero pacientemente pelo resultado final.

domingo, 20 de outubro de 2013

É hora de plantar o cebolo


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A chuva não nos larga, e as culturas estão atrasadas.
Como é a primeira vez que planto o cebolo (é assim que aqui no norte se designa a planta que produzirá a cebola) nesta terra, não fiz alfobre, e decidi adquirir cerca de 350 pés, que é o suficiente para o consumo da casa. Feitas as contas, se medrarem todas, dará para consumir cerca de uma cebola por dia.

Em abono da verdade, adquiri o cebolo duas vezes. A primeira, a 19 de Março, na feira anual de S. José em Leça do Balio - Matosinhos, mas a fragilidade dos rebentos e a impossibilidade de os plantar de imediato, resultou em perda total.

Adquiri a 11 de Abril, na feira semanal de Famalicão, os 350 pés que plantei, desta vez muito mais viçosos, mas com o preço mais elevado também. Pelo substrato arenoso que cobria parte das raízes, presumo que se tratará de cebolo da zona da Póvoa de Varzim.
Plantei-os 2 dias depois, tradicionalmente à enxada. Abri os regos pouco profundos, um de cada vez, onde coloquei as plantas encostadas contra a parede do rego mais distante do rego subsequente, distanciadas entre si cerca de 25cm. Entre as plantas, coloquei um pouco de adubo orgânico NUTRI+, preocupando-me sempre que não tocasse nas plantas. Como é próprio desta espécie, cada pé produzirá apenas uma cebola. Aparentemente vingarão todos os pés.

Houve quem me recomendasse aplicar um herbicida selectivo no cebolo, logo após a plantação. Decidi não o fazer, consciente do trabalho acrescido que esta minha opção implicaria, nomeadamente incrementando o número de sachas para eliminação das ervas daninhas, mas consciente também, de que um químico é sempre um químico, e a sua aplicação trás sempre implicações pouco desprezíveis para o meio ambiente. Na foto, poderão constatar que as cebolas estão devidamente sachadas, operação que tive que realizar por três vezes.
Quanto às regas, estas estão a ser feitas dia sim, dia não, de manhã cedo.